Fenômeno Tite

Por Marco Taddeo



Pouca cenas são tão improváveis quanto uma torcida ovacionando um técnico, antes com fama de retranqueiro, por vezes chamado de "O rei de empate".

Coisas que o futebol explica, por menos lógica que isso possa ter. Alguns vão dizer que foi sorte ou coincidência, inegável é que Tite, técnico do Corinthians, com prazo de validade até 31/12, sai como um tremendo produto de marketing.

Produto de marketing. Valor agregado a marca Tite. Isso não quer dizer que ele é  uma enganação, como às vezes os termos são usados pejorativamente, ao contrário. Tite é dispensado e sai, mais do que nunca, fortalecido com a exigente torcida Corinthiana.

Essa semana pudemos ver quase de tudo, dos atos mais triviais, aos mais improváveis. Torcida gritando o nome de Tite, a hashtag #ObrigadoTite atingindo as primeiras colocações entre os principais termos do mundo nas redes sociais, até um torcedor, que arrependido de ter protestado contra o Tite, foi até o CT para se desculpar.



Se puxarmos um pouco pela memória, Tite nem era dos nomes mais badalados entre os técnicos do futebol brasileiro. Longe de ter o glamour que em outros tempos teve V(W)anderle(y)i Luxemburgo, que quando tinha grife usava ternos e Ws e Ys, hoje usa agasalho e assumiu seu V e I. 

Hoje, sem sombra de dúvidas, Tite está no 1º escalão dos técnicos brasileiros.

E essa escalada se dá somente por competência? Também.
Mas e por que Geninhos, Candinhos, Oswaldos Oliveiras, por mais que façam bons trabalhos jamais atingirão esse status?
A resposta, quem tiver certeza está perdendo tempo, o técnico do Barcelona nem é lá essas coisas.

Eu arrisco: identificação e "sangue nos zóio"!
"O sentimento que  vocês tem, eu tenho também!"  - Tite, Adenor

Títulos podem ser a explicação dessa idolatria. Os títulos terem sido inéditos, certamente contribuíram, Libertadores e Mundial. 5 títulos em 3 anos.
Mas eu, humildemente, tenho a impressão que nada disso teria sido tão grande se o Tite não fosse o cara que foi pra arquibancada em um jogo decisivo. Tite virou "da Fiel". Levou a favela pro Japão.

Tite, corinthiano, maloqueiro e sofredor. Graças a Deus!



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  1. Tite ganhou dois títulos inéditos para o Corinthians: Libertadores 2012 e Recopa 2013.

    Feita essa ressalva, digo que existe sim um marketing aliado a bons resultados que o tornam um dos grandes técnicos corintianos. Esse ano foi difícil para o clube e para ele, mas acho justo todo o reconhecimento por parte da torcida. Tite marcou pelo que ganhou e pelo estilo que imprimiu ao trabalho, o modo de ser, as entrevistas tão características. Fica uma lacuna que, espero, seja preenchida rapidamente.

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