A Copa Torta

https://futebolcartesiano.blogspot.com/2013/11/a-copa-torta.html
Por Gabriel Schubsky
Todas as terças-feiras, a partir de hoje, estaremos juntos para debater o futebol. Mais especificamente o futebol no universo das seleções nacionais. E, sinceramente, não sei até quando teremos assunto e ânimo suficientes. Explico: a FIFA não esconde que teme que os clubes acabem roubando das seleções todo o interesse e paixão que ainda resta nos torcedores de futebol. Mas ao que parece, a Sra. FIFA não faz a mínima questão de manter seu maior produto, a Copa do Mundo, atrativo, competitivo e, o mais importante: TRADICIONAL. Isso fica evidente ao nos depararmos com os cabeças de chave do mundial de 2014.
Não é de hoje que a cartolagem da gestora máxima do futebol troca os pés pelas mãos. Desde a Copa de 2006 a FIFA vem tomando atitudes equivocadas em relação à Copa. Poderia listar inúmeros fatos aqui: o fim da qualificação automática do atual campeão para o próximo evento, o campeão do mundo não mais realizar a partida de abertura, a bizarra desconfiguração dos uniformes das mais tradicionais seleções em prol de conjuntos com todas as peças em uma única cor (em breve um post completo sobre isso), e finalmente, a cereja do bolo, essa irracional lista de cabeças de chave.
Definida no final do mês passado, a lista das seleções no pote 1 conta com o anfitrião Brasil e os sete melhores colocados no ranking da FIFA em outubro. Na ordem: Espanha, Alemanha, Argentina, Colômbia, Bélgica, Uruguai (caso passe pela Jordânia na repescagem) e Suíça. Sim, você não leu errado, Colômbia, Bélgica e Suíça. Cadê a Itália? - você deve estar se perguntando. Pois é, caro amigo. A escolha pra lá de burra de escolher o ranking (mais burro ainda) da entidade como único critério de definição é um verdadeiro estupro ao bom senso.
Até a minha avó sabe que a Suíça não joga nada. Nunca sequer passou das oitavas-de-final em uma Copa. Conseguiu atingir o sétimo lugar do ranking apenas por estar em um grupo ridiculamente fraco nas eliminatórias. A prova disso é que a Islândia foi a segunda colocada.
Bélgica e Colômbia, que até vivem um bom momento, jamais poderiam ser cabeças de chave nessa edição do mundial. Pelo simples fato de a primeira não se classificar desde 2002, e a segunda desde 1998.
E o que dizer da ausência da tetra campeã Itália? Isso sem falar de Holanda, Inglaterra, etc.
Essa configuração criada pela FIFA permitirá um sérissimo desequilíbrio no mundial. Caso as bolinhas do sorteio não ajudem, poderemos ter um grupo com Alemanha, Itália, Nigéria e EUA. E outro com Suíça, Bósnia, Argélia e Honduras. Além disso, você que pagou mais caro para assistir uma partida de um cabeça de chave na Copa, e achava que veria um Itália X Portugal, pode acabar com um Colômbia X Irã. Viva! Obrigado, dona FIFA...
É óbvio que a solução inteligente para o problema seria utilizar um critério que leve em consideração a tradição. Afinal de contas, no final todo mundo sabe quem pode realmente ganhar e quem vai no máximo dar um calorzinho. Por isso, o critério que era usado até 2006, que era um cálculo entre o ranking e o histórico das últimas Copas, tem que voltar urgentemente para a edição de 2018. Mas parece que a FIFA tem preguiça de pensar e fazer contas. Pode pagar caro por isso.
Todas as terças-feiras, a partir de hoje, estaremos juntos para debater o futebol. Mais especificamente o futebol no universo das seleções nacionais. E, sinceramente, não sei até quando teremos assunto e ânimo suficientes. Explico: a FIFA não esconde que teme que os clubes acabem roubando das seleções todo o interesse e paixão que ainda resta nos torcedores de futebol. Mas ao que parece, a Sra. FIFA não faz a mínima questão de manter seu maior produto, a Copa do Mundo, atrativo, competitivo e, o mais importante: TRADICIONAL. Isso fica evidente ao nos depararmos com os cabeças de chave do mundial de 2014.
Não é de hoje que a cartolagem da gestora máxima do futebol troca os pés pelas mãos. Desde a Copa de 2006 a FIFA vem tomando atitudes equivocadas em relação à Copa. Poderia listar inúmeros fatos aqui: o fim da qualificação automática do atual campeão para o próximo evento, o campeão do mundo não mais realizar a partida de abertura, a bizarra desconfiguração dos uniformes das mais tradicionais seleções em prol de conjuntos com todas as peças em uma única cor (em breve um post completo sobre isso), e finalmente, a cereja do bolo, essa irracional lista de cabeças de chave.
Definida no final do mês passado, a lista das seleções no pote 1 conta com o anfitrião Brasil e os sete melhores colocados no ranking da FIFA em outubro. Na ordem: Espanha, Alemanha, Argentina, Colômbia, Bélgica, Uruguai (caso passe pela Jordânia na repescagem) e Suíça. Sim, você não leu errado, Colômbia, Bélgica e Suíça. Cadê a Itália? - você deve estar se perguntando. Pois é, caro amigo. A escolha pra lá de burra de escolher o ranking (mais burro ainda) da entidade como único critério de definição é um verdadeiro estupro ao bom senso.
Até a minha avó sabe que a Suíça não joga nada. Nunca sequer passou das oitavas-de-final em uma Copa. Conseguiu atingir o sétimo lugar do ranking apenas por estar em um grupo ridiculamente fraco nas eliminatórias. A prova disso é que a Islândia foi a segunda colocada.
Bélgica e Colômbia, que até vivem um bom momento, jamais poderiam ser cabeças de chave nessa edição do mundial. Pelo simples fato de a primeira não se classificar desde 2002, e a segunda desde 1998.
E o que dizer da ausência da tetra campeã Itália? Isso sem falar de Holanda, Inglaterra, etc.
Essa configuração criada pela FIFA permitirá um sérissimo desequilíbrio no mundial. Caso as bolinhas do sorteio não ajudem, poderemos ter um grupo com Alemanha, Itália, Nigéria e EUA. E outro com Suíça, Bósnia, Argélia e Honduras. Além disso, você que pagou mais caro para assistir uma partida de um cabeça de chave na Copa, e achava que veria um Itália X Portugal, pode acabar com um Colômbia X Irã. Viva! Obrigado, dona FIFA...
É óbvio que a solução inteligente para o problema seria utilizar um critério que leve em consideração a tradição. Afinal de contas, no final todo mundo sabe quem pode realmente ganhar e quem vai no máximo dar um calorzinho. Por isso, o critério que era usado até 2006, que era um cálculo entre o ranking e o histórico das últimas Copas, tem que voltar urgentemente para a edição de 2018. Mas parece que a FIFA tem preguiça de pensar e fazer contas. Pode pagar caro por isso.
Rezemos pelo "bom-senso" das bolinhas do sorteio!
ResponderExcluirPois é... Tenho certeza que uma bolinha de plástico inanimada tem mais discernimento que um cartola da FIFA.
ResponderExcluirCabeças-de-chave deveriam ser as seleções com mais títulos mundiais e fim de papo. A Fifa é bizarra.
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