O número 1 – Todo time começa mesmo com um grande goleiro?

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por Marco Taddeo
Então finalmente
chegou 2014, o ano da Copa do Mundo no Brasil.
Como meu primeiro post
no ano da Copa, falamos de futebol... faz sentido juntar o primeiro jogador de
um time de futebol com o principal evento do ano. Quem será o nosso número 1 da
seleção brasileira na Copa do Mundo?
É um desafio para o
Felipão, mas ele parece não querer arriscar muito, ou ele não teve muito tempo
para isso!
Da outra passagem pela
seleção, a tarefa de escolher 3 goleiros foi bem mais fácil, Marcos, Dida e
Rogério Ceni eram praticamente unanimidades (o maior dos problemas era escolher
a ordem, mesmo assim, qualquer escolha seria bem feita). Ídolos dos times
grandes de São Paulo, total identificação com os brasileiros.
12 anos e 3 Copas do Mundo
depois, a escolha dos goleiros está menos certeira, o primogênito da segunda Família
Scolari só parece definido por conta da “confiança do treinador”.
Felipão convocou 6
goleiros desde que reassumiu a seleção:
- · Julio César (QPR - ING)
- · Jefferson (Botafogo)
- · Diego Cavalieri (Fluminense)
- · Victor (Atlético MG)
- · Diego Alves (Valencia - ESP)
- · Matheus Vidotto (Corinthians)
Diego Alves e Matheus
Vidotto, podemos esquecer, só devem ir a Copa no caso de uma catástrofe. O
segundo, por sinal, ninguém entendeu até agora o motivo da sua convocação,
sendo que ele nunca sequer fez nenhum jogo pelo Corinthians.
O nosso titular, Júlio
Cesar, atualmente, é reserva de um time inexpressivo e rebaixado na Liga
Inglesa. Os outros dois jogam nos, sempre inconstantes, times cariocas. Sendo
que o Diego Cavalieri joga em um Fluminense moralmente rebaixado. Jefferson
joga no Botafogo, botafoguenses que me desculpem, mas não consigo lembrar de
nenhum outro jogador do Botafogo na seleção desde o zagueiro Gonçalves (e isso
não é lá grande coisa...)
Em nenhum momento
coloco em julgamento a qualidade de ambos, que acredito estarem em melhores
condições que o atual titular. Mas longe de serem unanimidades, como acredito
que deveriam ser.
Victor corre por fora,
vem fazendo boas temporadas há anos, desde sua época de Grêmio. Um dos
principais responsáveis pelo titulo da Libertadores conquistado pelo
Atlético-MG, mas aparentemente não agrada muito o Felipão.
Fábio, goleiro do
Cruzeiro, campeão brasileiro de 2013, não tem a menor chance.
Cássio, goleiro do
Corinthians, campeão da Libertadores e herói do Mundial de 2012, viveu um 2013
muito inconstante e sofreu com lesões, principalmente no 2º semestre. Não teve
tempo de ser convocado, e acredito ter perdido a chance.
Rogério Ceni e Dida
são experientes, segurança de que não tremeriam, mas estão mais perto do fim de
carreira que pretensões de convocação. No Brasil, não temos a cultura de
reconhecer jogadores experientes vestindo a amarelinha, pode esquecer. Ver um
goleiro quarentão na seleção é quase tão improvável quanto ver Ronaldo Fenômeno
novamente com a camisa 9.
Será que é uma entressafra?
Hélton, Gomes, Doni, Rafael
Cabral (ex-Santos), Renan (ex-Avaí e ex-Corinthians), outros coadjuvantes que
passaram pela seleção nos últimos anos estão perdidos pelo mundo, aposentados,
ou não, mas nenhum é estrela nas principais ligas.
Apesar de sempre termos
tido excelentes goleiros, a nossa escola de goleiros nunca foi muito enaltecida
no resto do mundo. Grandes goleiros brasileiros costumam fazer sucesso jogando
no Brasil.
No caso do Julio César certamente é um
problema de gestão da carreira, despencar da Inter de Milão para Queens Park
Rangers foi uma aposta muito arriscada.
Se todo grande time começa por um grande goleiro...
Enfim, não temos um #1
unânime, mas pelo menos não estamos sofrendo com um questionado. Copa do Mundo
é tiro-curto, agora nos resta torcer por 7 jogos iluminados!
Rumo ao hexa!
Marco, tem que ser:
ResponderExcluirJulio Cesar
Victor
Diego Alves ou Rafael Cabraal (um dos dois estará na próxima copa)
Gustavo,
ExcluirAcho muito improvável que ele mude a escolha de Julio César, Cavallieri e Jefferson..mas concordo com você em levar o Victor.
Abs!
Gosto muito do futebol do Jefferson. É o melhor goleiro do Brasil há anos. Convenhamos, porém, que, para virar unanimidade perante os torcedores brasileiros, falta a ele jogar por um time grande. (Botafogo está no mesmo nível do Santos: clube médio).
ResponderExcluirNunca fui fã do Júlio César. Viveu excelente fase na Internazionale, mas nada mais que isso. Nunca senti confiança com ele no gol da seleção. Ao contrário de mim, o Felipão é "xonado" pelo Júlio César. Mas, apesar de já ter sido "convocado" para a Copa, o fato de ser reserva do reserva no Queens Park Rangers pode pesar e, para o bem do nosso futebol, ele acabar fora do mundial.
De todos os outros arqueiros citados, chama-me muito a atenção o caso do Diego Alves. Goleiraço que saiu jovem demais do Brasil - deve ter disputado dois Brasileiros pelo Atlético Mineiro - e rumou para a Europa. Foi para o Alméria, bateu recorde de tempo sem topar em "La Liga" e chegou a ser cogitado como substituto de Valdés, começou a se machucar e acabou no Valencia e não é mais titular absoluto graças às contusões. Se estivesse 100%, seria o reserva imediato do Jefferson.
Victor e Diego Cavallieri, para mim, se equiparam. Estão no mesmo nível. Um nível acima deles, eu coloco o Wéverton, do Atlético Parananense (é, outro time médio). Wéverton foi do Corinthians; eterno reserva, foi emprestado à Portuguesa, foi titular da "Barcelusa" e por méritos foi para o clube de Curitiba.
O Fábio é fraco. Tem sorte de estar em um time que sempre é campeão. Mas ele é fraco e com tantas opções melhores, ele sempre será esquecido. Injustiça? Não! Fato que há goleiros melhores que ele.
Dos demais citados, o único que é bom o bastante é o Hélton. Hélton joga no Porto. Em nível de futebol, o Porto está para a Europa assim como a Ponte Preta está para o Brasil.
Enfim, temos bons goleiros. Bons goleiros que não atuam por grandes times.