A minha Copa das Copas

https://futebolcartesiano.blogspot.com/2014/06/a-minha-copa-das-copas.html
Texto retirado do Facebook de Pedro Cavalcanti
Assistindo os programas esportivos nesta noite que antecede o início da Copa do Mundo, faço uma reflexão do que foi a minha vida até hoje e simplesmente não consigo deixar de tentar resgatar uma certa pureza que eu cultivava até os meus dez anos, idade que eu tinha quando vi o Ronaldo marcar dois gols sobre a Alemanha em 2002, acendendo de alegria todo o país num belo domingo ensolarado. Parece bobeira, mas talvez aquela manhã tenha sido um dos momentos mais marcantes nestes meus 22 anos de idade.
Por algum motivo eu fico pensando no meu irmão, que nasceu justamente em 2002 e não viu aquela Seleção ser campeã. Certamente ele não se lembra do fiasco de 2006 e se recorda apenas da eliminação de 2010 para a Holanda, quando eu ainda gastei o meu suado dinheirinho na única camisa amarela que comprei até agora. Hoje o João Victor tem 12 anos e terá a oportunidade de viver o clima de uma Copa do Mundo no seu próprio 'quintal'. Se eu tivesse essa oportunidade no fim da minha infância, com certeza viveria o Mundial como se fosse o melhor dos presentes.
Vejo esta Copa do Mundo como vejo o natal. Há alguns anos deixei de acreditar em Papai Noel, trenó, rena e sino. Também deixei de botar uma meia debaixo da janela. Hoje já não acredito em política, não acredito em Fifa, CBF ou Rede Globo. Entretanto, quem sou eu para dizer aos mais novos que tudo o que viveremos nos próximos 31 dias não é legítimo?
Da mesma forma que me reúno com minha família todos os anos para celebrar o natal, mesmo sabendo que o 'bom velhinho' não aparecerá pela chaminé, não poderia deixar de me reunir com os meus parentes nesta Copa do Mundo, como sempre fizemos desde quando me conheço por gente. Afinal de contas, de que vai adiantar explicar ao meu priminho de seis anos que a Arena Pantanal se tornará um elefante branco depois do Mundial, bem como o Mané Garrincha e a Arena Amazônia?
Não se trata de alienação, meus caros. Só não posso deixar de curtir um momento que sempre povoa a mente de quase todo brasileiro há cada quatro anos. Posso não apoiar a Copa do Mundo, mas seria um verdadeiro imbecil se negasse o meu passado neste dia 12 de junho.
Assistindo os programas esportivos nesta noite que antecede o início da Copa do Mundo, faço uma reflexão do que foi a minha vida até hoje e simplesmente não consigo deixar de tentar resgatar uma certa pureza que eu cultivava até os meus dez anos, idade que eu tinha quando vi o Ronaldo marcar dois gols sobre a Alemanha em 2002, acendendo de alegria todo o país num belo domingo ensolarado. Parece bobeira, mas talvez aquela manhã tenha sido um dos momentos mais marcantes nestes meus 22 anos de idade.
Por algum motivo eu fico pensando no meu irmão, que nasceu justamente em 2002 e não viu aquela Seleção ser campeã. Certamente ele não se lembra do fiasco de 2006 e se recorda apenas da eliminação de 2010 para a Holanda, quando eu ainda gastei o meu suado dinheirinho na única camisa amarela que comprei até agora. Hoje o João Victor tem 12 anos e terá a oportunidade de viver o clima de uma Copa do Mundo no seu próprio 'quintal'. Se eu tivesse essa oportunidade no fim da minha infância, com certeza viveria o Mundial como se fosse o melhor dos presentes.
Vejo esta Copa do Mundo como vejo o natal. Há alguns anos deixei de acreditar em Papai Noel, trenó, rena e sino. Também deixei de botar uma meia debaixo da janela. Hoje já não acredito em política, não acredito em Fifa, CBF ou Rede Globo. Entretanto, quem sou eu para dizer aos mais novos que tudo o que viveremos nos próximos 31 dias não é legítimo?
Da mesma forma que me reúno com minha família todos os anos para celebrar o natal, mesmo sabendo que o 'bom velhinho' não aparecerá pela chaminé, não poderia deixar de me reunir com os meus parentes nesta Copa do Mundo, como sempre fizemos desde quando me conheço por gente. Afinal de contas, de que vai adiantar explicar ao meu priminho de seis anos que a Arena Pantanal se tornará um elefante branco depois do Mundial, bem como o Mané Garrincha e a Arena Amazônia?
Não se trata de alienação, meus caros. Só não posso deixar de curtir um momento que sempre povoa a mente de quase todo brasileiro há cada quatro anos. Posso não apoiar a Copa do Mundo, mas seria um verdadeiro imbecil se negasse o meu passado neste dia 12 de junho.