Conheça bem o seu produto, Fifa!

https://futebolcartesiano.blogspot.com/2014/06/conheca-bem-o-seu-produto-fifa.html
Por Pedro Cavalcanti
Nem preciso dizer que passei todo o meu fim de semana assistindo aos sete jogos da Copa do Mundo, não é? Para qualquer 'boleiro', o período do Mundial é a verdadeira reinvenção esportiva. Trata-se do nosso período sabático, onde cada um de nós passamos traçar paralelos sobre os próximos anos e entender melhor tudo aquilo que aconteceu nos anos anteriores. Como o 'dono do mundo' nas quatro das últimas cinco temporadas foi um argentino, certamente paramos para assistir o que um 'tal' de Messi tinha a oferecer na verdadeira Meca do futebol mundial. Como lhe é habitual, o camisa 10 da Argentina fez mais um pouco daquilo que sabe. Mesmo preso na forte marcação da Bósnia, os nossos 'vizinhos' venceram por 2 a 1. Entretanto, outra coisa me chamou a atenção neste domingo.
Desde quando o Brasil foi anunciado como sede da Copa do Mundo de 2014, previ uma verdadeira 'peregrinação' de torcedores sul-americanos nas nossas capitais. Foi assim com o Chile na vitória por 3 a 1 sobre a Austrália em Cuiabá, com a Colômbia na vitória por 3 a 1 sobre a Grécia em Belo Horizonte e com o Uruguai na derrota para a Costa Rica por 3 a 1 em Fortaleza. Se os equatorianos não invadiram Brasília na amarga derrota da sua Seleção para a Suíça por 2 a 1, certamente daremos aos argentinos o título de maiores 'invasores' deste Mundial. Se 1500 torcedores da Argentina tentaram bloquear a Avenida Atlântica no último sábado, podemos dizer, sim, que os nossos 'hermanos' tomaram o Maracanã na estréia. Apesar das belas imagens, houveram problemas de convivência entre 'nós' e 'eles'. Se era esperado ou não, só mesmo os teóricos da bola podem nos responder. Porém, o alerta já havia sido dado há alguns anos, justamente pela América da Sul.
Entre milhares de pataquadas e trambiques da Confederação Sul-Americana de Futebol, uma atitude merece elogios. Ainda na gestão de Nicolás Leoz, os jogos entre seleções da nossa região mudaram de característica, ao menos nas arquibancadas. Não apenas na Copa América, como também nas Eliminatórios, a Conmebol passou a separar torcedores visitantes dos demais torcedores num jogo de futebol. Talvez esse tipo de atitude não seja tão necessário num jogo entre Chile e Venezuela, que não mantém nenhum tipo de rivalidade histórica. A questão é a América do Sul é cercada de jogos tensos, como o velho Brasil e Argentina, ou mesmo Chile e Argentina, que envolve outras questões que vão além do futebol. Imagine você, brasileiro, frequentador de estádios de futebol, ouvir de um 'vizinho' que "la pelota está en la concha de tu madre". Como algumas confusões já aconteceram nos estádios sul-americanos, a Conmebol sabiamente decidiu atenuar um problema que poderia gerar danos irreversíveis ao desorganizado futebol latino.
Talvez a Fifa ainda não percebeu que futebol é movido pela emoção e que a rivalidade é o combustível que nos mantém ligados nos noticiários esportivos de todo o país. Seria mesmo um exagero pedir que a entidade máxima do futebol mundial entenda sobre o que cerca o futebol, não é mesmo? Sendo assim, fico pensando o que poderá acontecer no Maracanã caso brasileiros e argentinos dividam as mesmas arquibancadas numa possível final de Copa do Mundo. Talvez eu tenha nascido no planeta errado, mas desde quando me conheço por gente e assisto futebol, entendo que brasileiros e argentinos, ao menos quando o assunto é esporte, são como óleo e água. Definitivamente, cabe a Fifa usar as confusões entre brasileiros e argentinos na primeira rodada da Copa do Mundo para preparar um plano de segurança para os próximos jogos do time de Lionel Messi e companhia. Afinal de contas, Brasil e Argentina não é um simples jogo.
Nem preciso dizer que passei todo o meu fim de semana assistindo aos sete jogos da Copa do Mundo, não é? Para qualquer 'boleiro', o período do Mundial é a verdadeira reinvenção esportiva. Trata-se do nosso período sabático, onde cada um de nós passamos traçar paralelos sobre os próximos anos e entender melhor tudo aquilo que aconteceu nos anos anteriores. Como o 'dono do mundo' nas quatro das últimas cinco temporadas foi um argentino, certamente paramos para assistir o que um 'tal' de Messi tinha a oferecer na verdadeira Meca do futebol mundial. Como lhe é habitual, o camisa 10 da Argentina fez mais um pouco daquilo que sabe. Mesmo preso na forte marcação da Bósnia, os nossos 'vizinhos' venceram por 2 a 1. Entretanto, outra coisa me chamou a atenção neste domingo.
Desde quando o Brasil foi anunciado como sede da Copa do Mundo de 2014, previ uma verdadeira 'peregrinação' de torcedores sul-americanos nas nossas capitais. Foi assim com o Chile na vitória por 3 a 1 sobre a Austrália em Cuiabá, com a Colômbia na vitória por 3 a 1 sobre a Grécia em Belo Horizonte e com o Uruguai na derrota para a Costa Rica por 3 a 1 em Fortaleza. Se os equatorianos não invadiram Brasília na amarga derrota da sua Seleção para a Suíça por 2 a 1, certamente daremos aos argentinos o título de maiores 'invasores' deste Mundial. Se 1500 torcedores da Argentina tentaram bloquear a Avenida Atlântica no último sábado, podemos dizer, sim, que os nossos 'hermanos' tomaram o Maracanã na estréia. Apesar das belas imagens, houveram problemas de convivência entre 'nós' e 'eles'. Se era esperado ou não, só mesmo os teóricos da bola podem nos responder. Porém, o alerta já havia sido dado há alguns anos, justamente pela América da Sul.
Entre milhares de pataquadas e trambiques da Confederação Sul-Americana de Futebol, uma atitude merece elogios. Ainda na gestão de Nicolás Leoz, os jogos entre seleções da nossa região mudaram de característica, ao menos nas arquibancadas. Não apenas na Copa América, como também nas Eliminatórios, a Conmebol passou a separar torcedores visitantes dos demais torcedores num jogo de futebol. Talvez esse tipo de atitude não seja tão necessário num jogo entre Chile e Venezuela, que não mantém nenhum tipo de rivalidade histórica. A questão é a América do Sul é cercada de jogos tensos, como o velho Brasil e Argentina, ou mesmo Chile e Argentina, que envolve outras questões que vão além do futebol. Imagine você, brasileiro, frequentador de estádios de futebol, ouvir de um 'vizinho' que "la pelota está en la concha de tu madre". Como algumas confusões já aconteceram nos estádios sul-americanos, a Conmebol sabiamente decidiu atenuar um problema que poderia gerar danos irreversíveis ao desorganizado futebol latino.
Talvez a Fifa ainda não percebeu que futebol é movido pela emoção e que a rivalidade é o combustível que nos mantém ligados nos noticiários esportivos de todo o país. Seria mesmo um exagero pedir que a entidade máxima do futebol mundial entenda sobre o que cerca o futebol, não é mesmo? Sendo assim, fico pensando o que poderá acontecer no Maracanã caso brasileiros e argentinos dividam as mesmas arquibancadas numa possível final de Copa do Mundo. Talvez eu tenha nascido no planeta errado, mas desde quando me conheço por gente e assisto futebol, entendo que brasileiros e argentinos, ao menos quando o assunto é esporte, são como óleo e água. Definitivamente, cabe a Fifa usar as confusões entre brasileiros e argentinos na primeira rodada da Copa do Mundo para preparar um plano de segurança para os próximos jogos do time de Lionel Messi e companhia. Afinal de contas, Brasil e Argentina não é um simples jogo.