Volta, futebol africano!

https://futebolcartesiano.blogspot.com/2013/12/volta-futebol-africano.html
Por Gabriel Schubsky
O que aconteceu com o futebol praticado na África? Será possível que houve uma involução do futebol por lá? Onde estão aquelas seleções ofensivas e corajosas?
O desenvolvimento do esporte bretão no continente africano, mais especificamente na África Subsaariana, foi muito intenso nos anos 80. Isso resultou nos incríveis resultados conquistados mundialmente nos anos 90. Mas não só os resultados impressionaram. O futebol alegre, pra frente, enchia os olhos de qualquer amante do futebol.

Tudo começou exatamente no ano de 1990, na Copa da Itália, em que a incrível seleção camaronesa, comandada pelo veterano Roger Milla, foi a grande atração daquele mundial.
Considerado por muitos uma das Copas mais fracas tecnicamente, Camarões foi a luz no fim do túnel, incorporou em seus dribles a esperança de um futebol ofensivo. Alcançou as quartas-de-final daquele torneio, eliminada pelos ingleses, no jogo mais emocionante daquela edição do mundial.
Nos anos seguintes, as coisas pareciam evoluir. Graças a Nigéria, que surgiu como surpresa na Copa de 1994, venceu as Olimpíadas de 96, e novamente encantou em 98. Na França, os nigerianos lideraram seu grupo na primeira fase, eliminando a cabeça de chave Espanha. O futebol daquela seleção de Okocha, Lawal e Finidi era realmente de cair o queixo.

No final do século, Camarões apareceu novamente conquistando o ouro nas Olimpíadas de Sydney em 2000. Eliminando a seleção brasileira com dois jogadores a menos em relação ao time de Ronaldinho Gaúcho. Mas o último respiro desse futebol africano alegre e vertical aconteceu no Japão e na Coreia do Sul, na Copa de 2002. Senegal igualou o recorde camaronês em 90, alcançando as quartas-de-final. Inesquecível aquela vitória no jogo de abertura contra a França. Isso sem falar no maluco empate por 3 a 3 com o Uruguai.
Depois disso, nesse novo milênio, o que vimos foi o futebol africano se acovardar. Muito por culpa dos treinadores e jornalistas estrangeiros que repetiam insistentemente que, enquanto os africanos praticassem esse futebol irresponsável, nunca chegariam a lugar algum. O resultado foi a perda da identidade das seleções africanas. E as vitórias, tão desejadas, também não apareceram.
Gana foi a seleção que mais se destacou internacionalmente nesse período. Conseguiu também chegar as quartas no último mundial. Mas o futebol apresentado era defensivo. Mais parecia a Suíça do que seus coirmãos de continente dos anos 90. Era visivelmente uma seleção frágil, sem chances de conquista. O que suas antecessoras tinham de brilhante, essa tinha de pragmática. Aliás, a Copa na África do Sul, foi definitivamente uma decepção assistir os times africanos jogarem. Assim como já havia acontecido na Alemanha em 2006.
A esperança é que esses mesmos treinadores e jornalistas estrangeiros que outrora criticaram, percebam que passaram do ponto. Que exageraram ao tentar padronizar o futebol africano ao europeu. A cultura é diferente, o dinheiro investido é diferente e o resultado, claro, foi diferente.
Parece utópico mas o Futebol Cartesiano espera que na Copa no Brasil, alguma nação africana, ou quem sabe mais de uma, consiga jogar aquele velho futebol que nos fazia parar na frente da TV, e coloria a Copa do Mundo.
O que aconteceu com o futebol praticado na África? Será possível que houve uma involução do futebol por lá? Onde estão aquelas seleções ofensivas e corajosas?
O desenvolvimento do esporte bretão no continente africano, mais especificamente na África Subsaariana, foi muito intenso nos anos 80. Isso resultou nos incríveis resultados conquistados mundialmente nos anos 90. Mas não só os resultados impressionaram. O futebol alegre, pra frente, enchia os olhos de qualquer amante do futebol.

Tudo começou exatamente no ano de 1990, na Copa da Itália, em que a incrível seleção camaronesa, comandada pelo veterano Roger Milla, foi a grande atração daquele mundial.
Considerado por muitos uma das Copas mais fracas tecnicamente, Camarões foi a luz no fim do túnel, incorporou em seus dribles a esperança de um futebol ofensivo. Alcançou as quartas-de-final daquele torneio, eliminada pelos ingleses, no jogo mais emocionante daquela edição do mundial.
Nos anos seguintes, as coisas pareciam evoluir. Graças a Nigéria, que surgiu como surpresa na Copa de 1994, venceu as Olimpíadas de 96, e novamente encantou em 98. Na França, os nigerianos lideraram seu grupo na primeira fase, eliminando a cabeça de chave Espanha. O futebol daquela seleção de Okocha, Lawal e Finidi era realmente de cair o queixo.

No final do século, Camarões apareceu novamente conquistando o ouro nas Olimpíadas de Sydney em 2000. Eliminando a seleção brasileira com dois jogadores a menos em relação ao time de Ronaldinho Gaúcho. Mas o último respiro desse futebol africano alegre e vertical aconteceu no Japão e na Coreia do Sul, na Copa de 2002. Senegal igualou o recorde camaronês em 90, alcançando as quartas-de-final. Inesquecível aquela vitória no jogo de abertura contra a França. Isso sem falar no maluco empate por 3 a 3 com o Uruguai.
Depois disso, nesse novo milênio, o que vimos foi o futebol africano se acovardar. Muito por culpa dos treinadores e jornalistas estrangeiros que repetiam insistentemente que, enquanto os africanos praticassem esse futebol irresponsável, nunca chegariam a lugar algum. O resultado foi a perda da identidade das seleções africanas. E as vitórias, tão desejadas, também não apareceram.
Gana foi a seleção que mais se destacou internacionalmente nesse período. Conseguiu também chegar as quartas no último mundial. Mas o futebol apresentado era defensivo. Mais parecia a Suíça do que seus coirmãos de continente dos anos 90. Era visivelmente uma seleção frágil, sem chances de conquista. O que suas antecessoras tinham de brilhante, essa tinha de pragmática. Aliás, a Copa na África do Sul, foi definitivamente uma decepção assistir os times africanos jogarem. Assim como já havia acontecido na Alemanha em 2006.
A esperança é que esses mesmos treinadores e jornalistas estrangeiros que outrora criticaram, percebam que passaram do ponto. Que exageraram ao tentar padronizar o futebol africano ao europeu. A cultura é diferente, o dinheiro investido é diferente e o resultado, claro, foi diferente.
Parece utópico mas o Futebol Cartesiano espera que na Copa no Brasil, alguma nação africana, ou quem sabe mais de uma, consiga jogar aquele velho futebol que nos fazia parar na frente da TV, e coloria a Copa do Mundo.
Aposto minhas fichas na Costa do Marfim.
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