O que é ser são-paulino?

https://futebolcartesiano.blogspot.com/2013/12/o-que-e-ser-sao-paulino.html
Por Pedro Cavalcanti
Sempre utilizei este espaço para falar sobre as rodadas do Campeonato Brasileiro. Com o fim da competição nacional, falei um pouco sobre a saga do Atlético Mineiro no Mundial de Clubes. Poucas vezes escrevi apenas com paixão, pois quase nunca abri o jogo sobre qual era o clube do meu coração. Entretanto, me rendo a um dos sentimentos mais puros que cultivo no peito.
Apesar de 16 de dezembro de 1935 não ser a data de fundação do São Paulo Futebol Clube (como muitos acreditam), nenhum são-paulino pode negar a importância desse dia na nossa história. Há 78 anos renascia o clube mais vitorioso do futebol brasileiro. Desde então o São Paulo se tornou o gigante que é, acumulando conquistas e patrimônios invejáveis para qualquer time do futebol mundial.
Mesmo que 2013 tenha sido o pior ano da nossa história, nós, tricolores, cultivamos no peito um sentimento único, capaz de nos levar ao céu. Ser são-paulino vai além dos 90 minutos de um jogo. Ser são-paulino conduz os nossos atos cotidianos. Ser são-paulino vai muito além da tal soberania, que fez com que os nossos atuais dirigentes se acomodassem ao ponto de brigarmos para não cairmos no Campeonato Brasileiro. Enfim, ser são-paulino é um estado de graça, que sempre nos coloca à frente dos demais.
Penso que em nenhum momento escolhi o São Paulo Futebol Clube. Como tudo que é sobrenatural, o São Paulo Futebol Clube me escolheu no dia 10 de maio de 1998, aos seis anos de idade. A partir daí passei a entender, de fato, o que é paixão. Com o passar dos anos o São Paulo me ensinou que o amor não estabelece trocas ou devoluções. O que alguns chamam de fanatismo ou doença, eu chamo apenas de devoção.
Os cinco maiores ídolos da história do São Paulo Futebol Clube
Como toda grande história é formada por grandes personagens, decidi enumerar os cinco maiores jogadores que vestiram a camisa tricolor. É claro que muita gente poderá discordar, mas aposto que qualquer um citaria ao menos um deles em suas escalações do São Paulo de todos os tempos.
5º Roberto Dias, o zagueiro que parou Pelé
Roberto Dias atuou pelo São Paulo entre 1960 e 1973, num tempo onde o atleta era identificado com a camisa que vestia. Revelado pelo próprio Tricolor, o zagueiro era considerado por Pelé o seu melhor marcador. Dias conquistou dois títulos estaduais pelo São Paulo, sendo o grande ídolo de uma época de "vacas magras" no Soberano. O ex-atleta é o quinto jogador que mais atuou pelo São Paulo. Morreu em 2007, aos 64 anos de idade.
4º Pedro Rocha, o pai da dinastia celeste no Tricolor
"El Verdugo" foi o primeiro grande jogador uruguaio a atuar pelo Tricolor Paulista. Meio-campista, era dono de um talento único, sendo lembrado até hoje como o maior jogador de futebol da história do Uruguai. Tricampeão da Copa Libertadores e bicampeão mundial pelo Penharol, Pedro Rocha chegou ao São Paulo em 1970, permanecendo no Morumbi até 1977, fazendo parte do grupo que conquistou o primeiro título brasileiro do Clube. Morreu no início de dezembro, aos 70 anos.
3º Leônidas da Silva, o "Diamante Negro"
Enquanto os corintianos se vangloriam por terem quebrado o recorde de público do Morumbi em jogos de futebol, Leônidas da Silva, considerado por muitos o primeiro craque do futebol brasileiro, foi o responsável pelo maior público da história do Pacaembu, feito alcançado pela torcida do São Paulo. O "Diamante Negro" é considerado o inventor da bicicleta e conduziu o Tricolor à conquista de cinco títulos estaduais na década de 1940. Morreu em 2004, aos 90 anos.
2º Raí, o "Terror do Morumbi"
Após dois títulos brasileiros, faltava ao São Paulo a afirmação internacional. Ela veio na década de 1990, muito graças ao talento de Raí. O camisa 10 ajudou o Tricolor na conquista do Campeonato Brasileiro de 1991, além de participar com destaque no bicampeonato da Copa Libertadores em 1992 e 1993 e do título mundial em 1992. O meia também conquistou os títulos estaduais de 1989, 1991, 1992 e 1998, ano em que retornou ao Morumbi após uma passagem de cinco anos pelo Paris Saint-Germain.
1º Rogério Ceni, o último romântico do futebol
Mesmo diante de um futebol com atletas cada vez mais interessados em dinheiro, Rogério Ceni mostra que ainda há amor à camisa. Jogador que mais atuou com o manto tricolor (1119 jogos), o "Mito" também é o jogador que mais vestiu a camisa de uma única equipe no futebol mundial. Rogério conquistou três títulos do Campeonato Brasileiro, uma Copa Libertadores, dois Mundiais, três estaduais, além de outros títulos. Mesmo com tantos números, Rogério é considerado por nove entre dez são-paulinos como o maior jogador da história do Clube por sua identificação ao Tricolor. Não foram raras as vezes que o capitão declarou o seu amor ao São Paulo, atitude que aumenta ainda mais a idolatria entre os são-paulinos.
Vida longa ao Tricolor Paulista! Que a frase "Tu és forte, tu és grande. Dentre os grande, és o primeiro" ecoe nos ouvidos dos nossos próximos dirigentes. Em 2014 precisamos de pessoas que amem mais o nosso São Paulo Futebol Clube, pois só assim reencontraremos a nossa trajetória de sucessos.
Sempre utilizei este espaço para falar sobre as rodadas do Campeonato Brasileiro. Com o fim da competição nacional, falei um pouco sobre a saga do Atlético Mineiro no Mundial de Clubes. Poucas vezes escrevi apenas com paixão, pois quase nunca abri o jogo sobre qual era o clube do meu coração. Entretanto, me rendo a um dos sentimentos mais puros que cultivo no peito.
Apesar de 16 de dezembro de 1935 não ser a data de fundação do São Paulo Futebol Clube (como muitos acreditam), nenhum são-paulino pode negar a importância desse dia na nossa história. Há 78 anos renascia o clube mais vitorioso do futebol brasileiro. Desde então o São Paulo se tornou o gigante que é, acumulando conquistas e patrimônios invejáveis para qualquer time do futebol mundial.
Mesmo que 2013 tenha sido o pior ano da nossa história, nós, tricolores, cultivamos no peito um sentimento único, capaz de nos levar ao céu. Ser são-paulino vai além dos 90 minutos de um jogo. Ser são-paulino conduz os nossos atos cotidianos. Ser são-paulino vai muito além da tal soberania, que fez com que os nossos atuais dirigentes se acomodassem ao ponto de brigarmos para não cairmos no Campeonato Brasileiro. Enfim, ser são-paulino é um estado de graça, que sempre nos coloca à frente dos demais.
Penso que em nenhum momento escolhi o São Paulo Futebol Clube. Como tudo que é sobrenatural, o São Paulo Futebol Clube me escolheu no dia 10 de maio de 1998, aos seis anos de idade. A partir daí passei a entender, de fato, o que é paixão. Com o passar dos anos o São Paulo me ensinou que o amor não estabelece trocas ou devoluções. O que alguns chamam de fanatismo ou doença, eu chamo apenas de devoção.
Os cinco maiores ídolos da história do São Paulo Futebol Clube
Como toda grande história é formada por grandes personagens, decidi enumerar os cinco maiores jogadores que vestiram a camisa tricolor. É claro que muita gente poderá discordar, mas aposto que qualquer um citaria ao menos um deles em suas escalações do São Paulo de todos os tempos.
5º Roberto Dias, o zagueiro que parou Pelé
Roberto Dias atuou pelo São Paulo entre 1960 e 1973, num tempo onde o atleta era identificado com a camisa que vestia. Revelado pelo próprio Tricolor, o zagueiro era considerado por Pelé o seu melhor marcador. Dias conquistou dois títulos estaduais pelo São Paulo, sendo o grande ídolo de uma época de "vacas magras" no Soberano. O ex-atleta é o quinto jogador que mais atuou pelo São Paulo. Morreu em 2007, aos 64 anos de idade.
4º Pedro Rocha, o pai da dinastia celeste no Tricolor
"El Verdugo" foi o primeiro grande jogador uruguaio a atuar pelo Tricolor Paulista. Meio-campista, era dono de um talento único, sendo lembrado até hoje como o maior jogador de futebol da história do Uruguai. Tricampeão da Copa Libertadores e bicampeão mundial pelo Penharol, Pedro Rocha chegou ao São Paulo em 1970, permanecendo no Morumbi até 1977, fazendo parte do grupo que conquistou o primeiro título brasileiro do Clube. Morreu no início de dezembro, aos 70 anos.
3º Leônidas da Silva, o "Diamante Negro"
Enquanto os corintianos se vangloriam por terem quebrado o recorde de público do Morumbi em jogos de futebol, Leônidas da Silva, considerado por muitos o primeiro craque do futebol brasileiro, foi o responsável pelo maior público da história do Pacaembu, feito alcançado pela torcida do São Paulo. O "Diamante Negro" é considerado o inventor da bicicleta e conduziu o Tricolor à conquista de cinco títulos estaduais na década de 1940. Morreu em 2004, aos 90 anos.
2º Raí, o "Terror do Morumbi"
Após dois títulos brasileiros, faltava ao São Paulo a afirmação internacional. Ela veio na década de 1990, muito graças ao talento de Raí. O camisa 10 ajudou o Tricolor na conquista do Campeonato Brasileiro de 1991, além de participar com destaque no bicampeonato da Copa Libertadores em 1992 e 1993 e do título mundial em 1992. O meia também conquistou os títulos estaduais de 1989, 1991, 1992 e 1998, ano em que retornou ao Morumbi após uma passagem de cinco anos pelo Paris Saint-Germain.
1º Rogério Ceni, o último romântico do futebol
Mesmo diante de um futebol com atletas cada vez mais interessados em dinheiro, Rogério Ceni mostra que ainda há amor à camisa. Jogador que mais atuou com o manto tricolor (1119 jogos), o "Mito" também é o jogador que mais vestiu a camisa de uma única equipe no futebol mundial. Rogério conquistou três títulos do Campeonato Brasileiro, uma Copa Libertadores, dois Mundiais, três estaduais, além de outros títulos. Mesmo com tantos números, Rogério é considerado por nove entre dez são-paulinos como o maior jogador da história do Clube por sua identificação ao Tricolor. Não foram raras as vezes que o capitão declarou o seu amor ao São Paulo, atitude que aumenta ainda mais a idolatria entre os são-paulinos.
Vida longa ao Tricolor Paulista! Que a frase "Tu és forte, tu és grande. Dentre os grande, és o primeiro" ecoe nos ouvidos dos nossos próximos dirigentes. Em 2014 precisamos de pessoas que amem mais o nosso São Paulo Futebol Clube, pois só assim reencontraremos a nossa trajetória de sucessos.